domingo, 20 de abril de 2008

A moda no Ceará

De 31 de Março a 05 de Abril aconteceu a 9ª Edição do Dragão Fashion Brasil (DFB), o evento de moda do Ceará. Durante os 6 dias de evento, vários estilistas se reuniram para mostrar uma coleção de inverno com a cara do Brasil e as vezes com um toque do Nordeste.

Confira agora tudo o que rolou no Centro de Convenções Edson Queiroz em Fortaleza:


Dia 31 de Março


Mark Greiner - uma mistura de arquitetura e moda

O estilista e arquiteto abriu os desfiles do Dragão. Com formas sempre volumosas e tecidos estruturados, sendo em blusas, calças e vestidos, as roupas apresentadas na coleção, que recebeu o nome Mulheres Paisagem, são praticamente obras de arte, Mark não se preocupa com o lado comercial. Mesmo com todo este volume a mulher apresentada não deixa de ser feminina. Com cartela de cores que varia do branco, cinza, vermelho e dourado, ele mostra como se fazer um desfile à altura do evento. Destaque também para peças que relembram quimonos japoneses e que dão um ar ainda mais invernoso para a coleção.






Dia 01 de Abril


Tarcísio Almeida - o caos da modernidade

Na coleção a obra O Rinoceronte do dramaturgo Eugène Ionesco, onde o autor revela uma população que vive amendrontada com a chegada dos rinocerontes, ele contrapõe a história com o comportamento vazio das sociedades modernas. O estilista baiano Tarcísio Almeida brinca com este vazio nas formas desestruturadas da roupas. Como cores, preto (a base de tudo), azul marinho e rosa. Os tecidos são algumas vezes leves (algodão por exemplo) outras vezes são densos como nylon.



Andres Banõ - um chique desleixado

Inspirado pela cultura cosmopolitana, o estilista argentino Andres Banõ apresentou pela primeira vez sua coleção no Dragão Fashion. As roupas foram desenvolvidas para serem combinadas entre si e segundo o estilista são fáceis de serem incorporadas nos guarda-roupas dos habitantes das grandes cidades. Misturas com lycra, algodão, renda, cetim, gaze e tule.




Mário Queiroz - os encantos e mistérios da noite



O estilista Mário Queiroz, usou como inspiração a noite e todo o imaginário que surge em torno dela. Moda contemporânea mostrando um homem muito charmoso e elegante. A modelagem é seca chegando algumas vezes a ser até justa. As cores são o preto e o azul que simbolizam muito bem o tema escolhido.

Mauy - a modernista Tarcila de Amaral

A marca Mauy, da estilista Cristiane Arruda, trouxe as obras de arte da pintora Tarcila de Amaral para as passarelas do DFB. Com uma vasta cartela de cores, os tecidos vão das malhas de jersey e de viscose ao tricoline, cetim e jacquard, também aparece o jeans na coleção. As silhuetas são mais ajustadas valorizando as formas femininas. Os vestidos na forma trapézio e os de estilo melindrosa, marcando levemente os quadris, fazem parte da coleção.



Gilvânia Monique - doce história de amor

A estilista maranhense Gilvânia Monique trouxe para a passarela uma coleção inspirada na história de amor que une Maria de Castro Firmeza, 86 anos, e Nilo de Brito Firmeza, 88, conhecidos como Nice e Estrigas, há mais de 50 anos. A coleção recebe o nome de A Arte de amar de Nice e Estrigas. Em um clima retrô, em tons pálidos tendo como coloridos os bordados. Nos tecidos jeans e algodão em toda a coleção.



Bransk por Mário Queiroz - suspiros na platéia

A marca Bransk, estreiante no DFB, convidou o estilista Mário Queiroz para assinar a coleção, que causou frison na platéia. Inspirado nas praias e com uma estamparia de vegetação, o estilista trouxe roupas que deixam os homens ainda mais charmosos e de extremo bom gosto. Na cartela de cores, tons terrosos, e o verde tipico das folhas. As formas marcam o corpo masculino.



Rosa Chá - além-mar

A marca Rosa Chá, do estilista Amir Slama (que por sinal não deu o ar da graça no Dragão), viaja no tempo, resgatando a vinda da família portuguesa para o Brasil. A linha beachwear está com cara de inverno, os maiôs, por exemplo, podem ser usados como body em looks bem ousados que mostram a sensualidade da mulher. Os tecidos podem ser vistos em cambrais, seda e couro. A cartela de cores tem cinza, branco, marrons, rosas e tons de azul e verde para simbolizar o mar.




Dia 02 de Abril


Larissa Fontenelle e Natália Viana - um jardim de passarela

A coleção leva o nome de Marx in Nature, em homenagem a Burle Marx, na passarela, os quadros, esculturas e os lindos jardins do artista. Cores e texturas luminosas, como os cetins, jersey e sarja metalizada, em contraste com jeans e tecidos naturais (fibra de bambu). Bordados e crochês marcam as peças e dão um ar romantico à coleção.




Jô-iola - uma mulher moderna

A marca Jô-iola (o nome vem da junção das três proprietárias da marca, Josy Costa, Iorrana Aguiar e Lara Romcy), mostrou na passarela uma mulher muito elegante e prática do jeito que a mulher contemporânea tem que ser. As apostas estão nos shorts volumosos, aliás peças amplas é o que não faltaram em toda a coleção. Para dar um ar chique a esta mulher, foram usados como cor: preto, cinza e marfim. Na passarela também xadrez (ponto alto do verão) e listras.



Marcusson - imaginando a natureza

Os estilistas Marcus Marquetti e Sang Soon Kim, tiveram como inspiração a arte e a natureza. A coleção de inverno foi batizada de Baloon e por isso as formas dos vestidos, blusas e casacos estão volumosas. Aplicações manuais de passaros, nuvens e balões dão um ar de liberdade as peças. Na cartela de cores aparecem verdes, marrons, cinzas, púrpuras e toques de metalizados. Malhas de algodão se misturam a tecidos acetinados. O xadrez não podia faltar na passarela.



Mar Del Castro - uma festa na praia

Como tema a história do cultivo da mandioca, na passarela a marca de beach couture traz biquinis dos mais simples aos mais estililosos, com cortes diferentes do que estamos acostumados a ver por aí. Para completar o look, caftas, vestidos e bermudas que podem vestir homem ou mulher. Tecidos artesanais foram usados para dar um toque do Ceará na coleção, como é o caso do crochê. As cores também lembram o cultivo da mandioca, branco tapioca, amarelo farinha d’água, verde folha, marrom e o azul celeste.



Trista - invadindo o mundo da memória

A marca mexicana Trista trouxe para a passarela o mundo da memória e como esta constrói uma realidade. Quatro contos mexicanos foram tomados como fontes de inspiração: Yautepec de José Agustín, Los extranjeros de Joaquín Armando Chacón, El diario del perro muerto de Ricardo Chávez Castañeda e La plaza de Juan García Ponce. As peças vão das bem casuais, com tecidos mais leves, até casacos e blazer multi coloridos. O jeans também marcou presença na coleção.



Walério Araújo - plumas e paetês

O estilista Walério Araújo abusou do brilho, com cristais Swarovski (glamour total) e até couro metalizado, nesta coleção de inverno que levou o nome de Carnaval Chiq. Também não pudera ficar fora, já que o estilista gosta deste brilho e glamour e o tema da coleção pede isso. Muitas plumas e uma estampa que lembra serpentina não poderiam estar de fora. No fim do desfile o estilista ainda mostrou que tem samba no pé.




Dia 03 de Abril


Lindeberg Fernandes - um passado olhando para o presente

Com inspiração no Jazz, o estilista cearense Lindeberg Fernandes, imaginou uma década de 20 só que no século XXI, mais futurista. Formas amplas e estruturadas. A cintura alta, em calças de alfaiataria moderna, marcam o corpo feminino. Na passarela muito jeans.



Ronaldo Silvestre - cultura japonesa

Para homenagear o centenário da colônia japonesa no Brasil, o estilista mineiro de Itabira Ronaldo Silvestre, traz uma manifestão cultural para a coleção: a flor sakura. Esta flor é usada pelas japonesas para mostrar que estão à procura de um amor. A coleção é delicada com sua diversidade de cores e texturas, com tingimentos naturais e volumes que representam as técnicas do origami.



Wilson Raniere - esporte fino

Misturar o esportivo e o sofisticado, esta foi a intenção do estilista Wilson Raniere. Roupas mais desconstraídas e leves com um toque de moulage. As formas vão das mais secas até as dobras e volumes. Nos tecidos uma mistura de lã, seda, viscose, linho e algodão. As cores presentes na coleção são verde, cáqui, laranja, cru e preto. Nas estampas animais como zebra e onça.





Weider Silveiro - mixto de rigidez e liberdade

O inverno do estilista Weider Silveiro, que participa do Dragão pela quinta vez, marca dois pontos distintos...de um lado a alfaiataria e do outro a desconstrução com roupas soltas inspiradas na África...blusas largas e micro vestidos marcam a coleção.



Reserva Handara - ar, terra, fogo e água

A marca de ecowear Reserva Handara, traz pela primeira vez uma coleção com roupas próprias. Na passarela os quatro elementos da natureza: ar, terra, fogo e água. A coleção foi inspirada nas décadas de setenta e oitenta. As formas vão das mais justas, aos micro comprimentos, chegando ao formas mais amplas com as calças pantolonas e saias balonês.


João Pimenta - uma viagem para Nova Zelandia e Estados Unidos

Para a coleção de outono inverno o estilista João Pimenta tem inspiração nos indíos americanos e dos maori da Nova Zelandia...uma silhueta bem marcada são cobertas com tecidos mais volumosos em moletons, malhas e tricolines.




Dia 04 de Abril


Melk Zeda - dois rituais em um mesmo lugar

A coleção é marcada por dois momentos destintos na vida humana...a morte e o casamento...o estilista Melk Zda mistura as duas situações achando pontos em comum entre elas...flores, laços e muito matelassê durante todo o desfile.


Piorski - doçura e meiguices igual brincadeira de criança

Desfilando pela primeira vez no Dragão Fashion, a marca feminina Piorski, trouxe roupas leves e delicadas para a passarela...mangas longas e bufantes. Nos tecidos uma mistura de algodão, tafetá e couro. Presença também de aplicações em bordados e patchworks.


King 55 - listras em tudo

A marca king 55, traz para o desfile um jogo de listras e o rock and roll que já fazem parte da história da marca...as listras se misturam aos xadrezes...o jeans aparece de forma seca em calças e volumosas em vestidos e jaquetas....



Gustavo Silvestre - tipico do Nordeste

O estilista pernambucano gustavo silvestre trouxe para a coleção o brilho e a cor do maracatú...os materiais utilizados foram do bambu até a seda...predominam as cores verde, roxo e preto...trabalhos artesanais também são vistos na coleção....



JEF - elegancia para o homem moderno

A marca JEF, trouxe para a passarela grandes nomes de estilistas...especializada em vestuário masculino, o outono inverno é marcado por uma coleção que vai do preto, passando para os tons de cinza e indo até o berinjela...os looks fazem o homem ser moderno sem perder a elegancia...



Samuel Cirnansck - O mixto da Inglaterra

Inspirada no império britanico, a coleção de samuel cirnansck mistura os punks ingleses a alta costura presente no país...na passarela veludo, tafetá e jenas se misturam ao xadrez, que marca um ponto alto do desfile, um moderno vestido de noiva...




Dia 05 de Abril

C&A - moda e rock
Ao som da Banda Capital Inicial, comandada pelo vocalista Dinho Ouro Preto a loja C&A desfilou toda sua coleção de Inverno no DFB. Na passarela a modelo Daniela Sarayba e o garoto propaganda da loja Sebastian.




FOTOS: ROBERTA BRAGA / AGENCIA KFK
DESFILE SAMUEL CIRNANSCK: PAULA BAIÃO (1ª E 2ª)

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Paula Baião

Sou mineira de Ponte Nova mas moro em BH já faz um tempo, sou jornalista, designer de moda e noiva.

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